Uma das principais lideranças da direta no Estado, o deputado federal Nelson Barbudo (PL) admitiu temer a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pois acredita haver uma “perseguição política” do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o político.
O Judiciário parece-me que está em uma perseguição política. Isso não sou eu que estou falando. Os maiores juristas do Brasil estão falando que o Bolsonaro não poderia estar lá [no processo]
O Supremo tornou Bolsonaro réu em março deste ano por suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022.
O ex-presidente e mais sete pessoas são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. Somadas, as penas máximas chegam a até 43 anos de prisão.
“Claro, todos nós tememos [a prisão]. Por quê? Porque o Supremo pode tudo. Por que o Bolsonaro está respondendo o processo? Que crime o Bolsonaro cometeu? Ele participou do 8 de janeiro… Ele estava nos Estados Unidos. Como que um homem que está nos Estados Unidos quer dar um golpe de estado?”, questionou.
“Então, o Judiciário parece-me que está em uma perseguição política. Isso não sou eu que estou falando. Os maiores juristas do Brasil estão falando que o Bolsonaro não poderia estar lá [no processo]”, completou.
Ao longo da entrevista ao MidiaNews o deputado ainda falou sobre a chance de Bolsonaro concorrer à presidência, voltou a defender a anistia dos condenados pelo 8 de janeiro e opinou sobre o cenário político em Mato Grosso.
Confira os melhores trechos da entrevista:
MidiaNews – O senhor teme pela prisão do ex-presidente?
Nelson Barbudo – Claro, todos nós tememos. Por quê? Porque o Supremo pode tudo. Por que o Bolsonaro está respondendo o processo? Que crime o Bolsonaro cometeu?
“Ele participou do 8 de janeiro”… Ele estava nos Estados Unidos. Como que um homem que está nos Estados Unidos quer dar um golpe de estado? Ele ia falar para turma, espera aí, vocês tomam aí tudo que eu vou voltar, viu?
Cadê o documento que o Bolsonaro assinou? Cadê a planilha? Muito pelo contrário, tem áudio dizendo: “Olha, nós até queríamos, mas bifou, porque o homem não topa”.
Eles inocentam o Bolsonaro e o Bolsonaro está no processo. Então, o Judiciário parece-me que está em uma perseguição política.
Isso não sou eu que estou falando. Os maiores juristas do Brasil estão falando que o Bolsonaro não poderia estar lá [no processo].
A ineligibilidade do Bolsonaro, que crime ele cometeu? Ele se reuniu com embaixadores. Ora, se o presidente da República não pode reunir com embaixadores e tratar do assunto que ele quer, nós não estamos vivendo uma democracia.
Então, do jeito que o Judiciário está fazendo, respondendo a sua pergunta propriamente dita, nós tememos sim por uma prisão que é única maneira do Bolsonaro não voltar a ser presidente, dadas as pesquisas que estão saindo agora, que ele ganharia praticamente no primeiro turno do descondenado. Esse é o desespero.
E me parece que o STF, infelizmente eu tenho que falar, ele está mancomunado com a esquerda fazendo e tornando o Bolsonaro inelegível para que nós, da direita, não voltemos a governar o país.
MidiaNews – Há um consenso quase geral de que Bolsonaro não poderá ser candidato em 2026. Quem deveria ser o substituto dele neste caso?
Nelson Barbudo – É uma pergunta boa, mas muito difícil do Nelson responder. Olha, a nossa posição é o seguinte: nosso candidato é Jair Messias Bolsonaro.
Nós acreditamos que até o ano que vem o TSE vai mudar e os novos ministros vão entender e julgar que o Bolsonaro está elegível, ponto. Aí é o nosso candidato, é o candidato do PL, é o candidato do sonho.
Chegou lá e não aconteceu, nós vamos acatar a indicação do Bolsonaro. Isso já está decidido pelo presidente Valdemar Costa Neto, já está decidido pela bancada dos 95 deputados do PL. Nós iremos em uma grande reunião ver quem será.
Tem vários nomes. Tem Tarcísio [Freitas], tem a Michelle [Bolsonaro], que já está praticamente em empate técnico, mas ganhando do Lula. Nós vamos aguardar.
Se infelizmente o Bolsonaro não puder, que é uma pessoa que já está carimbada, uma pessoa que já passou por lá, isso seria o nosso sonho. Mas se isso não acontecer, nós vamos aguardar a decisão e a indicação do Bolsonaro.

Nós acreditamos que até o ano que vem o TSE vai mudar e os novos ministros vão entender e julgar que o Bolsonaro está elegível,
MidiaNews – O senhor é um dos políticos que defendem o projeto de anistia para os condenados do 8 de janeiro. Recentemente o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, decidiu adiar a análise do requerimento que prevê uma tramitação mais rápida para o projeto. Como o senhor viu essa decisão?
Nelson Barbudo – Eu vi como uma traição, porque quando foi para o PL votar inteiro para que o Hugo Motta se tornasse o presidente da Câmara, nós, evidentemente, queríamos alguma contrapartida. E uma das questões que a gente colocou na mesa, e isso foi discutido junto com Bolsonaro, junto com Valdemar Costa Neto, junto com o nosso líder, era que ele colocasse [a urgência na pauta] e naquele momento ele se posicionou favorável. Então nós ficamos todos animados e achávamos que ele iria cumprir.
E quando não se cumpre um acordo, lá em Brasília a gente chama de traição. Porque ele deu a palavra e depois, de uma maneira ou outra, eu não sei o que aconteceu porque a gente não fica 24 horas com ele, ele mudou de opinião e rejeitou.
Nós conseguimos as assinaturas. Você lembra bem que ele disse que a maioria que iria decidir as pautas. Nós conseguimos 262 assinaturas, entregamos a ele e ele de ofício está se negando a colocar em votação. Isso eu considero uma traição, porque para a pessoa sentar em uma das cadeiras mais importantes do nosso Brasil, ele precisa ter palavra. Porque um homem sem palavra, não estou desqualificando, eu estou falando politicamente, um homem que dá a sua palavra e não cumpre se torna um tanto quanto perigoso em outras pautas que são muito sérias para o Brasil.
Eu acredito no presidente Hugo Motta, eu depositei o meu voto a pedido do PL, mas com essa atitude dele, ele está dando margem para que nós percamos a confiança e isso é muito ruim, não só para os que vão ser anistiados, como também para os outros assuntos que nós deveremos tratar.
MidiaNews – O senhor comentou que o presidente Motta havia prometido algo e mudou de opinião de uma hora para outra. O senhor acha que foi o Judiciário que motivou essa mudança de posicionamento?
Nelson Barbudo – Com certeza. Depois eles falam que a gente às vezes agride o presidente da Câmara. Eu não estou agredindo ninguém, eu estou relatando os fatos. Houve um jantar onde participaram ministros do STF, onde participaram membros do Senado, como o presidente Alcolumbre, e após esta reunião, no amanhecer do dia, o Hugo Motta muda de ideia.
Eles que dão a chance de nós falarmos aqui para os internautas, que houve influência, sim, do Judiciário no Legislativo. Eu não estou sendo fofoqueiro, eu estou falando os fatos, inclusive é noticiado na imprensa nacional, em verso e prosa, que após o jantar Hugo Motta muda de ideia. Ora, isso não é postura de um homem que dirige uma Casa com a importância da nossa Câmara Federal.
MidiaNews – Como o senhor enxerga a crítica, feita inclusive pelo ministro Gilmar Mendes, de que a anistia, na verdade, não é para beneficiar os peixes pequenos, mas o ex-presidente Jair Bolsonaro?
Nelson Barbudo – Foi muito infeliz. Nós estamos pensando em brasileiros. Aliás, o próprio Bolsonaro como um patriota e guerreiro que é, ele já até declarou: “Vocês querem acabar com a minha vida, acaba então mas, liberem os cidadãos brasileiros”.
Aquilo nunca foi um golpe de estado. Para um golpe de estado a gente precisa ter a conivência do Exército, da Aeronáutica, precisa ter tanque de guerra, precisa ter quem vá assumir a vacância naquele instante. O Bolsonaro não estava nem no Brasil.
Ele já tinha passado o comando do Exército, da Marinha, da Aeronáutica. E como que o Gilmar Mendes quer falar que nós estamos defendendo? Nós queremos também [a anistia], porque o Bolsonaro não cometeu nenhum crime. Agora, nós não lutamos…
Por exemplo: Sinop tem 35 tornozelados. O Mato Grosso tem N pessoas padecendo, pessoas quebraram as suas empresas. Nós estamos lutando pelos mato-grossenses, em primeiro lugar, e depois pelos brasileiros. Não vem com essa cantilena que nós estamos aqui defendendo a anistia para Bolsonaro. Tudo bem, se anistiar o Bolsonaro, Bolsonaro não está condenado à inelegibilidade?
Então, Gilmar Mendes, o senhor me perdoa, mas a nossa intenção é defendê-los, patriotas brasileiros que estavam fazendo um ato em repúdio a um novo governo que nós não concordamos que fosse eleito e por isso foram tratados como terroristas, golpistas. Não aceitamos isso aí e nós queremos anistia.
MidiaNews – Há quem critica que a defesa por anistia vem exatamente de quem prega a existência de leis mais duras no país. O senhor acredita que esse PL revela uma contradição para quem critica a legislação do país?
Nelson Barbudo – Claro que não. De maneira nenhuma. Não há uma hipocrisia de maneira nenhuma. Nós criticamos sim e eu defendo inclusive a prisão perpétua e pena de morte para pessoas que cometem o feminicídio, para pessoas que estupram crianças de 5 a 7 anos e vão para audiência de custódia e daí saem primeiro que o policial que o levou à delegacia.
As pessoas que nós estamos pedindo anistia não são criminosos, por isso não há nenhuma ligação, não há hipocrisia nenhuma. Nós estamos defendendo cidadãos comuns, são as pessoas que estavam lá com uma Bíblia.
Quer dizer que nós estamos com um peso e uma medida? Negativo.
Agora, a questão da criminalidade, parafraseando o nosso governador, as leis são frouxas. O Centrão não deixa nós aprovarmos leis rígidas. Nós precisamos construir novos presídios e lotar essas cadeias de criminosos e fazer eles cumprirem a pena total.
Hoje, a progressão de pena… O cara comete um crime, pega 20 anos, com 3 anos ele está na rua e reincidindo.
Nós estamos a favor do endurecimento da pena para criminosos. Oito de Janeiro não tem nada a com terrorismo, com estupro, com feminicídio. São cidadãos comuns que estavam em uma manifestação.
MidiaNews – Deputado, por que o senhor acha que existe essa resistência de parlamentares, que o senhor mencionou, em pedir essas penas maiores ou o cumprimento das penas integralmente na cadeia?
Nelson Barbudo – Acho que deve ser medo deles próprios irem para a cadeia. Porque se todos os deputados fossem como eu, em seis meses a gente mudaria o Código Penal. Eu não tenho nenhum processo criminal, eu não tenho nenhum processo eleitoral. Então, me desculpe os colegas, mas eu acho o seguinte: quem não quer o endurecimento das penas para crimes é porque tem medo de um dia a lei atingi-los.
Eu não tenho medo, acho que se eu cometer um crime a lei deve ser dura para mim que sou deputado e para o seu Zé, o seu Antônio, o seu Pedro que cometeu aquele crime.
Por que que o Senado não chama um ministro do STF? Nós temos 36 senadores que assinam a lista. Reza a lenda e reza a imprensa que o restante tem, desculpe a palavra, o rabo preso. E é por isso que eles não conseguem e não deixam que nós aumentemos as penas.
Esse é o meu sonho. É uma das minhas bandeiras. Inclusive, eu tenho uma parceria com a dona Virginia Mendes para que a gente faça com que as leis [para crimes] contra as mulheres tenham penas, mais duras. Tem que ser penas, 40 anos, 30 anos, cumpri em regime fechado, não passa.
A [senadora] Margareth Buzetti, se eu não me engano, já conseguiu uma vitória, vamos dar crédito para quem tem um belíssimo trabalho, tentando aumentar as penas. Mas é um caso isolado, nós precisamos mudar o Código Penal para que ele tenha uma rigidez ao extremo. Inclusive com a prisão perpétua.
Aquele feminicídio que ocorreu há poucos dias aqui, matou uma grávida, abriu o abdômen. Que crime mais horrendo. Tirou a chance da coitadinha ser mãe, ainda cometendo um homicídio, um feminicídio. E ela daqui uns tempos, escuta o que estou falando, ela fica boazinha na cadeia, ela estuda, ela vira evangélica ou católica dentro da cadeia, e com cinco, seis anos ela está cumprindo o regime de progressão de pena.
Uma pessoa dessa não merece viver entre a sociedade e entre nós. Sou favorável a aumentar as penas, mas encontramos resistência dentro da Câmara e do Senado.

Me desculpe os colegas, mas eu acho o seguinte: quem não quer o endurecimento das penas para crimes é porque tem medo de um dia a lei atingi-los
MidiaNews – O deputado José Medeiros chegou a afirmar que o PL vai vencer a eleição presidencial de 2026 mesmo “sem Bolsonaro”. O senhor também defende este pensamento?
Nelson Barbudo – Acredito. Acredito pela sequência de estragos, de coisas ruins que vêm acontecendo no Governo. A previsão é uma só: a esquerda não vai permanecer no poder.
É cada mês ou cada semana uma tragédia. A última agora, o roubo dos velhinhos. Eu vi uma entrevista do ministro dizendo: ‘Eu sabia o que estava acontecendo, mas era a diretoria que tinha’. Ministro, o senhor prevaricou.
Vamos ser realista e correto, isso aí vem acontecendo desde 2019, quando entra o Governo Lula aumenta em 64% o roubo dos velhinhos. ‘Ah, deputado, mas o Bolsonaro então participou…’. Tem a lei que o Bolsonaro fez proibindo esses descontos de sindicato. Foi só o Lula entrar, eles derrubaram a lei e aí o rombo, chame como quiser, no INSS chegou na cifra de R$ 6 bilhões.
A atuação da primeira-dama uma tragédia, chamando e insultando o presidente da maior potência do mundo, daqueles nomes escrotos que nem cabem aqui, as invasões de terra que estão acontecendo, que não existia no Governo Bolsonaro e que voltaram a acontecer.
O governo restringiu o dinheiro, por exemplo, da Educação e ampliou em R$ 1 bilhão para o MST. A sociedade está vendo, a sociedade está passando por uma dificuldade imensa, quanto o preço dos alimentos, a inflação, a energia, a comida. Nós estamos sentindo na pele.
Então tudo isso faz levar a previsão do meu colega Zé Medeiros, aliás, que deverá ser o nosso senador.
Já vou antecipar aqui que nós precisamos do Zé Medeiros para completar os 41 senadores e chamar as barras do Senado àqueles que de fato têm que dar explicações para o que estão fazendo que é rasgar nossa Constituição.
MidiaNews – A gente vê uma crescente de desaprovação do Governo Lula. O senhor acha que existe algum cenário em que ele se reeleja no próximo ano, já que segue sendo o principal nome do PT?
Nelson Barbudo – Não tem essa possibilidade, não tem condições físicas, não tem condições morais e não tem condições políticas.
O Lula, com todo o respeito aos idosos, ele já está em uma fase que muitas conversas que a gente assiste dele, muitas entrevistas, chega a beirar a senilidade. Ele já está senil. Ele fala umas bobeiras que não correspondem a um chefe de Estado.
A esquerda, quando elege um líder, ela tenta perpetuar aquele líder para que ele se torne num ditador. E o que que o PT fez? O Lula nunca deixou ninguém decolar do seu lado. É Lula, é Lula e está acabado.
Agora chegou numa fase em que eles não conseguiram se perpetuar no poder porque o advento de Jair Bolsonaro interrompeu a sequência da esquerda.
E aí houve essa ruptura e eles estão agora com o problema de quem será o sucessor. Então, o Lula não deve concorrer. Na minha opinião, o Lula não deve concorrer. Ele tem falado que vai concorrer, mas ele não tem condições físicas de concorrer. Quem vê o Lula, ele está praticamente cambaleando.
Ele já está com idade avançada, não está aguentando fisicamente. Então, é por essas e outras razões. E a qualidade política do governo dele faz com que a esquerda não chegue. E nós venceremos, com certeza, as eleições do ano que vem.
MidiaNews – O Brasil vive um momento crítico com os preços dos alimentos subindo bastante. É tudo culpa do PT ou há outros fatores que podem explicar essa alta inflacionária?
Nelson Barbudo – É culpa do Governo. Desequilíbrio fiscal. Ele gasta mais do que arrecada. Gastando mais do que arrecada, o mercado não acredita no Governo e retira as reservas do Brasil. O Governo sendo desacreditado, o dólar sobe. O dólar subindo sobe o combustível, sobem os adubos, sobem os insumos para que se produzam os alimentos.
Então, é do Governo, é a insegurança fiscal, ninguém acredita no Governo. Como que no tempo do Bolsonaro a Selic era 2,5%, agora está 13,5%. Esse juros astronômico reflete na cadeia produtiva. A culpa é de quem? Dos deputados, do trabalhador? Não, é culpa do governo.
Ele está gastando mais do que arrecada. É simples: é igual um pai de família com cartão de crédito. Ele ganha R$ 10 mil por mês e gasta R$ 12 mil. No final do ano ele está estourado em R$ 24 mil, mais um juros que é o absurdo. Aí ele corre em outro banco, faz outro empréstimo e vai chegando no lugar onde não existe liquidez mais.
E o Brasil está sem liquidez. O mercado desacredita e os preços disparam. Culpa do governo.
MidiaNews – No ano que vem, Mato Grosso vai eleger governador, senadores e deputados. O senhor acredita que o PL vai estar junto com o grupo do governador Mauro Mendes, tendo o vice Otaviano Pivetta como candidato ao Paiaguás?
Nelson Barbudo – Não, de maneira nenhuma. O PL vai ter candidato. Isso é uma determinação do Valdemar Costa Neto, que posso dizer porque eu conversei com ele. O PL tem candidato. Não tenho nada contra Otaviano Pivetta. Sempre que eu fui no Palácio, ele me recebeu muito bem, acho até que é um grande administrador. Isso falando do Governo. Agora, nós do PL temos candidato e eu vou fazer uma apostinha aqui. Eu acho que o nosso Wellington Fagundes vai ser o candidato do PL.
MidiaNews – O senhor acha que ele é nome mais preparado para representar a direita aqui?
Nelson Barbudo – Tem vários nomes, mas politicamente falando é o mais antigo, é a pessoa que conhece o sistema há 30 anos, ele nunca participou do Executivo, mas ele conhece a máquina.
É uma pessoa experiente, é um pai de família, é um empresário, então o Wellington tem as condições sim para ser um bom governador e nós do PL vamos apoiar o Wellington com toda certeza.
MidiaNews – O senador Wellington já sofreu algumas críticas de alguns bolsonaristas por alguns posicionamentos. O senhor acha que isso pode influenciar negativamente na campanha?
Nelson Barbudo – É o mal do brasileiro não acompanhar a política e dar os pitacos na política. Vamos ser claros, eles têm taxado o Wellington de melancia. Então tá bom, querido, entre no site do Senado depois que o Bolsonaro assumiu e faça um diagnóstico dos três senadores do Mato Grosso e você verá quem votou com a direita e quem não votou com a direita.
As pessoas mudam. Em outros governos o Wellington atuou diferente, mas depois que o Bolsonaro veio para o PL, o Wellington seguiu a linha da direita, inclusive assinando a lista para que o senhor Alexandre de Moraes comparecesse ao Senado. Nós temos três senadores, só o Wellington assinou.
Ah, o Wellington é o melancia? Gozado, só o Wellington assinou pra chamar o Alexandre de Moraes. Não é melancia, eu tenho convivido há seis anos, vai fazer sete anos, com o Wellington e tenho acompanhado as pautas. Ele tem trabalhado e muito para a direita e é por isso que se ele for candidato eu apoio ele.
Porque se não fosse assim, mesmo eu sendo do PL, eu jamais apoiaria uma pessoa que tenha um deslize sequer para a esquerda. Eu sou de direita, vamos falar que eles me taxam de radical bolsonarista conservador, se não for assim eu não apoio.
MidiaNews – Qual o desenho o senhor defende no campo da direita em Mato Grosso?
Nelson Barbudo – Ano que vem o PL tem um programa que nós estamos fazendo muitas reuniões. Você que é um cidadão de bem, você que é bolsonarista ou você que é de direita… Se nós não mudarmos o Senado, não adianta cobrar para que a gente faça alguma mudança no STF ou no Judiciário.
É o Senado. Eu acabei de dizer que o Mato Grosso tem três senadores e um só assina a lista para que se possa trazer ou “impeachmentar”. Temos 36 assinaturas, faltam 5.
Nós estamos fazendo uma projeção para que a direita em 2026 eleja no mínimo 30 senadores de direita, como é o caso de José Medeiros aqui em Mato Grosso. José Medeiros é um cara que tem coragem de assinar.
Agora, se você quer mudar o Brasil votando em senadores que têm tendência esquerdista, não reclame depois. Porque nunca atingiremos os 41 senadores para se “impeachmentar” um ministro do STF.
Pense bem nas próximas eleições, vote na direita, vote senadores e deputados da direita. Aí nós teremos condições de mudar o Brasil e o Mato Grosso também.
MidiaNews – E o senhor vai ser um nome para deputado federal?
Nelson Barbudo – Vou, com certeza, se Deus me permitir que eu esteja vivo até lá. Já fui confirmado, o senhor Valdemar Costa Neto me garantiu a minha vaga e eu colocarei meu nome mais uma vez à disposição com a mesma tranquilidade. Quem tem voto fica, quem não tem volta para casa.