Após ter um mandado de prisão preventiva decretado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o suspeito de ser operador financeiro de um lobista investigado por corrupção no Judiciário se entregou à Polícia Federal hoje em Brasília.
O alvo, Diego Cavalcante, teve sua prisão decretada por suspeitas de destruição de provas e obstrução de Justiça. Um outro alvo de prisão também foi detido ontem.
Ele é investigado por ter recebido pagamentos do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, suspeito de corromper servidores do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em troca da obtenção de informações antecipadas de decisões, além de outros delitos.
Como mostrou o UOL, a Polícia Federal apreendeu dois veículos da marca Porsche na residência de Cavalcante anteontem.
A investigação da PF chegou até ele após detectar que Cavalcante recebeu transferências bancárias no valor de R$ 6,5 milhões da empresa Florais Transportes, pertencente a Andreson. Após receber os repasses, ele sacou cerca de R$ 3,3 milhões em dinheiro vivo.
A suspeita da PF é que Cavalcante seria um dos operadores financeiros usados pelo lobista para pagamento de propina a agentes públicos em Brasília.
A defesa de Cavalcante nega irregularidades e diz que ele é empresário, sem atuação ilícita.