A realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), em novembro, em Belém, representa uma oportunidade histórica para o Brasil liderar o debate climático global. Para que isso se dê, de fato, é preciso que as discussões avancem para medidas efetivas e reais para nós, brasileiros, e para todo o mundo. Vimos nos últimos meses diversos biomas brasileiros em situação crítica. Não podemos mais esperar por definições.
Infelizmente, as COPs têm se consolidado, cada vez mais, como espaços em que os países desenvolvidos evitam assumir compromissos concretos, especialmente no que se refere ao financiamento imprescindível para viabilizar a transição global rumo a uma economia verde. As estimativas mostram que o custo para reverter o atual cenário climático ultrapassa US$ 3 trilhões –uma cifra que cresce a cada ano sem ações efetivas.
Contudo, até o momento, os países mais ricos seguem inertes, sem apresentar compromissos financeiros robustos e compatíveis com a gravidade do desafio. Enquanto isso, a conta social, ambiental e econômica continua aumentando, recaindo, em grande parte, sobre as nações em desenvolvimento.
No Brasil, é nos Estados que grande parte dessas discussões se transforma em ações concretas. A Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente), entidade que tenho a honra de presidir, está fortemente engajada em garantir que a COP30 produza resultados efetivos. Para isso, temos nos antecipado,…