O Brasil exportou, em março de 2025, 11,14 milhões de toneladas de soja à China — o maior volume já registrado para um único mês, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). O número representa um crescimento de 122,67% na comparação anual e consolida a preferência chinesa pelo grão brasileiro em meio à entressafra norte-americana.
Enquanto isso, os Estados Unidos exportaram apenas 1,81 milhão de toneladas à China, sendo deixados para trás na disputa pelo principal mercado comprador do mundo.
O cenário reforça o avanço da soja brasileira em meio à janela de entressafra norte-americana e à demanda aquecida chinesa.
Além da competitividade sazonal, o Brasil também foi favorecido pela conclusão da colheita da safra 2024/25 e pela disponibilidade logística, o que permitiu escoamento acelerado da produção. A expectativa do IMEA é que, até abril, os embarques permaneçam fortes, sustentando um saldo positivo na balança comercial do agronegócio.
Custo da soja sobe 3,75% em MT com alta nos insumos
Com os insumos em alta, o custo de produção da soja em Mato Grosso para a safra 2025/26 foi estimado em R$ 4.118,61 por hectare, segundo projeção do projeto CPA-MT. Isso representa um aumento de 3,75% em relação à temporada anterior. O avanço é atribuído, principalmente, à valorização de fertilizantes e defensivos, além da maior solicitação por sementes de melhor desempenho.
A análise do IMEA mostra ainda que a relação de troca com adubos como MAP e SSP piorou. Para adquirir uma tonelada de fertilizante, o produtor precisa hoje de até 4,52 sacas de soja — uma relação considerada menos vantajosa do que a observada há um ano.
-
Soja turbinada e recordes no campo colocam MT no topo da produção nacional
-
Brasil deve ter safra recorde de grãos com mais de 330 milhões de toneladas em 2025
-
Cesta básica ultrapassa R$ 844 em Cuiabá; café e tomate disparam