O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso acusou o vereador de Várzea Grande Kleberton Feitoza Eustáquio (PSB) de violência verbal e abuso de autoridade praticados contra uma médica e outras profissionais de saúde em uma unidade na última quarta-feira (30).
A autarquia informou que irá protocolar junto à Justiça Federal informações relativas ao episódio. Os documentos serão juntados ao processo aberto em 14 de março contra o mesmo parlamentar por práticas semelhantes, sempre cometidas contra mulheres.
No processo, a autarquia pede que o parlamentar seja proibido de ingressar em unidades sem autorização; realizar qualquer tipo de filmagem de profissionais de saúde e pacientes sem autorização; entrar em locais restritos destas unidades; e não praticar nenhum tipo de intimidação contra os profissionais.
“O CRM-MT lamenta que a inação da Justiça Federal de Mato Grosso, uma vez que o processo encontra-se concluso para despacho desde o dia 19 de março, tenha permitido ao parlamentar praticar novos atos de violência e abuso contra profissionais que atuam na Saúde de Várzea Grande”, afirmou o Conselho.
Reincidente
Em março o CRM acionou a Justiça para impedir que o vereador entre em quaisquer unidades de saúde e grave vídeos sem autorização. O pedido foi feito após o parlamentar ser denunciado à Polícia por invadir o consultório de uma médica no dia 6 daquele mês.
De acordo com a entidade, o vereador tem promovido fiscalizações abusivas em unidades médicas, filmando médicos e pacientes sem permissão e divulgado informações descontextualizadas sobre o funcionamento dos serviços de saúde pública.
Além disso, o parlamentar teria invadido áreas restritas, interrompido atendimentos e coagido profissionais, em especial mulheres.