O ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) recebeu R$ 100 mil da Assembleia Legislativa (ALMT) em salários líquidos no ano de 2025, mesmo tendo efetivamente trabalhado 30 dias até o momento.
Lotado no gabinete do deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), o emedebista retornou ao cargo de servidor efetivo da Casa após encerrar seu mandato por oito anos à frente da Prefeitura da Capital.
A folha salarial da ALMT revela que Emanuel recebeu vencimentos líquidos de R$ 18,8 mil em janeiro, fevereiro e maio; R$ 24,5 mil em março; e mais R$ 7,2 mil na folha de férias do mesmo mês. Em abril, o valor líquido pago foi de R$ 11,2 mil. Somados, os valores chegam a R$ 99.583,81.
Após reassumir seu posto na Assembleia, Emanuel entrou em licença-prêmio no dia 6 de janeiro, permanecendo afastado até 5 de abril. Dois dias depois, em 7 de abril, o ex-prefeito entrou em férias por mais 30 dias, retornando apenas em 6 de maio. Assim, até esta sextafeira (6), Emanuel trabalhou efetivamente por apenas 30 dias, entre 6 de maio e hoje.
As licenças de Emanuel foram concedidas com base em períodos anteriores de sua carreira como servidor da ALMT. A primeira licença-prêmio, de três meses, foi referente ao quinquênio de 2003 a 2008. Já as férias foram relativas ao biênio 2010/2011.
O retorno de Emanuel à Assembleia foi conrmado ainda em seus últimos dias como prefeito. Ele anunciou que estaria lotado no gabinete de seu correligionário Juca do Guaraná, atualmente exercendo mandato na Casa.
Durante sua gestão como prefeito de Cuiabá, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2024, Emanuel Pinheiro enfrentou denúncias de corrupção e foi alvo de operações do Ministério Público (MPMT). O atual prefeito, Abilio Brunini (PL), arma que herdou uma dívida de R$ 2,3 bilhões da gestão emedebista.
