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“Fiz o certo”, diz deputada agredida pelo ex-marido sobre expor o caso

Após nove anos de um relacionamento abusivo, a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) decidiu romper o ciclo de violência que vivia e denunciar o ex-marido, o advogado Sinomar Júnior, que foi superintendente na Secretaria de Esporte de Goiás. O forte relato feito por meio das redes sociais teve grande repercussão nos últimos dias e, segundo a parlamentar, foi a atitude certa.

“Eu tive muito medo de expor essa situação, muito receio mesmo. Mas, hoje, depois de tantas mensagens de acolhimento e carinho que recebi, vi que fiz o certo. Estou muito orgulhosa, porque comecei a receber relatos de pessoas contando suas próprias histórias e encontrando, no meu ato, força para fazer o mesmo — força para sair de relacionamentos abusivos”, disse ela ao Metrópoles.

Marussa diz entender que, “se cada mulher tiver coragem de contar sua história, teremos mais força enquanto mulheres e conseguiremos diminuir a presença de pessoas abusivas nos relacionamentos”.

De acordo com Marussa, ela foi agredida pelo ex-marido por duas vezes e, após a segunda agressão, ela optou pela denúncia. A parlamentar teria registrado a violência na Delegacia de Polícia de Rio Verde (GO) e requerido medida protetiva na Justiça com base na Lei Maria da Penha.

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Segundo a deputada, ela viveu um relacionamento abusivo e chegou a ser agredida por duas vezes

Saiba quem é o marido de deputada de Goiás denunciado por agressão
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Deputada Marussa Boldrin (MDB-GO) agradeceu apoio que recebeu após denúncia contra o ex-marido

Reprodução/Instagram

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Segundo a deputada, ela viveu um relacionamento abusivo e chegou a ser agredida por duas vezes

Reprodução

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Saiba quem é o marido de deputada de Goiás denunciado por agressão

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Relacionamento abusivo

Segundo Marussa, o relacionamento durou nove anos, sendo oito deles casados. “Os sinais de violência e abuso psicológico começaram desde o início. Desde o começo do relacionamento, eu sofria com o que me parecia, na época, apenas indiretas, indiretas que me desqualificavam como pessoa, como mulher”, afirmou.

Ao Metrópoles, a deputada relatou que era constantemente ofendida e desqualificada pelo então companheiro. “Quando a nossa filha nasceu, as agressões se intensificaram. As ofensas deixaram de ser indiretas e passaram a ser diretas. Um episódio infeliz foi quando ele, de maneira ofensiva, falou que eu estava ‘fedendo a leite’, enquanto eu amamentava nossa filha — um ato que eu considero tão bonito. Então, esses sinais começaram desde o início”, pontuou.

De acordo com ela, o ciclo de violência, especialmente, a psicológica esteve presente durante todo o relacionamento. As situações envolviam ciúmes, inclusive do trabalho exercido pela parlamentar.

“Quando houve a agressão em 2023, não houve promessas de que a situação melhoraria, porque, naquele momento, eu optei por me afastar física e emocionalmente dele. Ainda assim, continuamos juntos por um tempo, movida pelo receio e pelo medo de expor os meus filhos a um processo doloroso de divórcio”, contou a deputada.

Agora, após a nova agressão e a denúncia, Marussa optou por dar andamento ao processo de separação, que tramita em sigilo.

“As consequências de um relacionamento abusivo são você se sentir menor do que é, se sentir incapaz, se sentir uma pessoa ruim — sendo que, na verdade, muitas vezes, você é uma pessoa boa, que trabalha, que é digna e que merece reconhecimento. Mas, por causa da pressão psicológica constante, você começa a duvidar de si mesma. Esse é um dos ciclos que precisa acabar”, reforçou.

Relato nas redes sociais

Em relato publicado nas redes sociais no último domingo (27/4), a parlamentar informou que foi espancada por duas vezes pelo marido, mas também foi ítima de violências psicológicas, distanciamento emocional e físico.

De acordo com Marussa, ela recebeu inúmeras mensagens de apoio. “As manifestações foram de muito carinho, acolhimento e amor. Me senti muito bem ao receber tantas mensagens de apoio e força, vindas de pessoas do Brasil inteiro. Me senti completamente acolhida, desde o governador [Ronaldo Caiado] até pessoas das cidades que nem têm tanto contato comigo, mas que demonstraram carinho. Isso tudo significou muito para mim”, disse ela.

Em uma sessão na Câmara dos Deputados na segunda-feira (28/4), colegas de tribuna falaram sobre a violência sofrida pela deputada. Nas redes sociais, políticos e colegas de partido de Marussa também manifestaram apoio à deputada. Em uma das publicações, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que Marussa “não está sozinha”.

“Não podemos aceitar, em hipótese alguma, que a violência contra a mulher ainda persista em nossa sociedade”, declarou o governador.

O MDB, partido ao qual a deputada faz parte, também publicou uma nota em que defendeu Marussa e elogiou a coragem em denunciar o caso.

“Tive coragem de procurar a delegacia, de fazer o boletim de ocorrência, o corpo de delito e pedir uma medida protetiva. Porque não cabe amor onde existe violência. Eu sobrevivi”, escrever ela na primeira publicação sobre o caso.

Defesa

Em nota, a defesa de Sinomar Júnior declarou que as questões do divórcio estão sendo tratadas pela Justiça e que ele acredita que as redes sociais não são o “meio adequado para tratar de questões familiares tão sensíveis”.

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