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Obesidade: Kalil e convidadas falam sobre papel de exercícios e alimentação

É muito comum se associar o tratamento da obesidade a comer menos e se exercitar mais. Mas o papel desses dois fatores é ainda mais complexo, afinal mesmo sendo uma receita conhecida, os números mostram que pouca gente consegue segui-la à risca.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas no mundo vive com este quadro. Uma das razões para isso são os apelos da sociedade moderna, mas também é preciso considerar as particularidades de cada indivíduo. “Quando a gente fala que determinado alimento tem 100 calorias, é uma média que foi estudada no laboratório. Na vida real, cada indivíduo transforma aquele alimento num tanto de energia que precisa, ou que pode”, afirma a nutricionista Fernanda Pisciolaro.

Ela e a educadora física Paula Costa são as convidadas do Dr. Roberto Kalil no CNN Sinais Vitais desta semana, que trata da relação da obesidade com a alimentação e a atividade física. 

Parece simples, mas não é

A nutricionista reforça como o mecanismo de gasto calórico não é tão simples quando se acredita. “Essa relação de gasto de calorias, de entrada e saída de calorias, depende de milhões de mecanismos regulatórios, de hormônios, de peptídeos, que regulam principalmente a fome e a saciedade. Então, sem dúvida, uma escolha alimentar que promova perda de peso deve ter um déficit calórico, mas isso não pode promover fome, por exemplo”.

Ela reforça a importância da reeducação alimentar. “Não adianta queimar a largada e fazer uma dieta rigorosa e pouco calórica, porque isso não perdura muito tempo. E o ‘reganho’ de peso sempre traz uma quantidade de peso maior do que a pessoa tinha antes de ela iniciar esse processo de restrição agressiva”, completa. 

O mesmo vale para os exercícios: é preciso orientação adequada para começar. “É muito frequente, uma das barreiras que impede o indivíduo a se manter ativo, ser dor ou lesão”, explica Paula Costa.

Ela ainda reforça como a relação de pessoas com obesidade e exercícios é geralmente traumática, como um histórico de frustração e sensação de fracasso. “Especialmente quando a pessoa com obesidade se vincula com a prática de atividade física pensando única e exclusivamente na perda de peso. Agora, se a gente começar a explicar mais para essas pessoas que a prática de atividade física traz benefícios muito significativos, que vai muito para além do peso da balança, aí a gente começa a trazer uma relação mais positiva e eficaz”.

Balança não deve ser a principal métrica no tratamento da obesidade

Costa ainda reforça como o número da balança não é tão significativo quando o assunto é obesidade, algo apontado por estudos científicos. Medir a circunferência abdominal pode ser mais positivo. “A pessoa pode emagrecer sem perder peso. Você pode aumentar a massa muscular, então a pessoa pode emagrecer mesmo sem ter uma mudança significativa na hora que ela se pesa”. 

Crianças e adolescentes pedem atenção

As duas especialistas alertaram também para o problema da obesidade em crianças e adolescentes. O uso abusivo de telas tem impacto direto no sedentarismo nestas faixas etárias. “Isso prejudica, inclusive, a construção desse indivíduo em relação à percepção do corpo dela. Então, nesse sentido a gente também acaba tendo cada vez mais crianças e adolescentes desconectados desses sinais que são os informantes em relação a quanto eu preciso comer, se eu estou com fome, se eu estou cansado, por exemplo”, explica Costa.

No quesito alimentação o cenário não é mais animador. “As famílias perderam o hábito de comer junto, sentar-se à mesa, cozinhar em casa. Qualquer coisa que eu estiver com vontade de comer, eu pego meu celular, peço, e chega em meia hora. Comidas que eram para ser de celebração, que deveriam estar fazendo parte de um momento especial, fazem parte hoje do dia a dia”, acrescenta Pisciolaro. “As crianças também perderam uma coisa que a gente tinha em gerações anteriores que é gostar de comida simples. Aí virou uma punição comer vegetais. Parece que eu tenho que comer isso para ganhar uma coisa gostosa, e isso também não é uma relação saudável”.

O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 12 de abril, às 19h30, na CNN Brasil.

 

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