O modus operandi dos furtos registrados no último sábado (17) no edifício Saint Moritz, em Cuiabá, não é novo e relembra outros casos que ganharam notoriedade na imprensa: o de criminosos que fingiram ser moradores, clientes ou parentes para driblar a segurança na portaria.
No caso do Saint Moritz, que fica na região da Praça Popular, o assaltante parecia ser um adolescente, que entrou sem qualquer dificuldade pela portaria fingindo ser sobrinho de uma moradora. Na saída, quando não teve a passagem liberada, ele forçou a porta e, ao não conseguir abri-la, fugiu pulando o “paredão” de vidro.
Outro caso muito similar aconteceu em 8 de julho de 2021, no Edifício Premiato, no bairro Duque de Caxias, outra região nobre da Capital.
A vítima foi uma fisioterapeuta identificada pelas iniciais D.R.V., que perdeu mais de R$ 500 mil em pelo menos uma centena de itens, como joias feitas de ouro, brilhantes, pérolas e cristais.
À época, dois assaltantes que pareciam ser adolescentes, uma garota e um garoto, arrombaram a porta do apartamento, reviraram os cômodos da casa e “fizeram a limpa”. Além das joias, a dupla levou bolsas, óculos, perfumes, champanhe e canetas, todos de marca.
Apesar das câmeras de vigilância nos saguões e elevadores, os assaltantes entraram e saíram com facilidade do local, pela porta da frente.
O fato despertou a suspeita de que alguém que conhecia a rotina do prédio tenha “passado a ficha” para os assaltantes. Imagens fornecidas pela vítima mostram a dupla já dentro do prédio, após terem a entrada liberada na portaria.
Na saída, puxando uma das malas da vítima carregada de joias e objetos, os dois aparecem com roupas diferentes.
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Maison Paris
Outro caso semelhante aconteceu no dia 1º de novembro de 2022, no Edifício Maison Paris, no bairro Santa Rosa, quando mais uma família da elite cuiabana foi alvo de um furto praticado por uma quadrilha que utilizava adolescentes – ou pessoas com aparência de adolescentes – para entrar em prédios de alto padrão.
Dessa vez, um jovem se fez passar por parente de um morador e entrou sem qualquer dificuldade pela portaria do edifício.
Em seguida, ele arrombou a porta de um dos apartamentos e furtou joias, relógios e objetos avaliados em milhares de reais.
De acordo com o boletim registrado por uma funcionária da família, quando ela chegou ao apartamento por volta das 8h, encontrou a porta da sala aberta e com a fechadura danificada.
Ela notou que a casa estava toda revirada, os armários abertos, e que várias joias foram subtraídas do apartamento. A família estava viajando à época do crime.
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Assaltos em série
Em novembro de 2023, durante um final de semana, ao menos cinco apartamentos de prédios de alto padrão foram invadidos e furtados em Cuiabá.
As investigações apontaram uma quadrilha responsável por uma série de crimes semelhantes.
Um homem, apontado como líder do esquema, aparece em uma das filmagens entrando com tranquilidade nos prédios, se passando por morador.
Entre os bens furtados estavam eletrônicos e outros objetos de valor.
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Aquarius
Em 7 de janeiro de 2016, outro caso que ganhou notoriedade foi o roubo de joias avaliadas em R$ 1 milhão em um apartamento do Edifício Aquarius, em Cuiabá.
À época, conforme a Polícia Civil, o assaltante conseguiu entrar no prédio após se identificar na portaria como cliente da proprietária do apartamento, uma vendedora de joias.
No local, ele rendeu a mulher e o filho dela, e depois fugiu com a ajuda de um comparsa. O rapaz foi encontrado no bairro Itapuã e autuado em flagrante.
Dias depois, a Polícia Civil prendeu o homem apontado como líder da organização criminosa envolvida no roubo.
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Golden Gate
No dia 28 de julho de 2013, a família do atual secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), também foi alvo da ação de criminosos e teve um acervo de joias avaliado em até R$ 2 milhões furtado de um apartamento do Edifício Golden Gate, no bairro Goiabeiras.
Uma confraternização que ocorria no salão social do edifício, na tarde do crime, pode ter facilitado a ação dos assaltantes, que furtaram joias de Laura Garcia, esposa do empresário Robério Garcia, dono da empreiteira Engeglobal Construções Ltda. Eles são pais de Fábio.
O empresário havia saído do local poucas horas antes da ação. Sua esposa estava em Brasília.
Sem chamar atenção, os assaltantes subiram até o 18º andar e arrombaram a porta da área de serviço do apartamento.
Em seguida, foram direto ao cofre pequeno localizado no closet do casal. Após retirar o cofre do local, arrombaram-no usando um “pé de cabra”.
Na ação, que durou cerca de duas horas, foram levadas joias avaliadas entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões — entre brincos, colares, pulseiras e anéis de ouro, prata e pedras preciosas.
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