O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, negou, na noite desta segunda-feira (9/6), o pedido da defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, para não comparecer aos demais interrogatórios da ação penal 2.668. O processo trata da suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Moraes respondeu que a presença de Cid é “indispensável” no decorrer dos interrogatórios dos outros sete réus, entre eles o ex-presidente Bolsonaro. “Na presente hipótese, é medida indispensável a presença dos réus durante as audiências de interrogatório, em verdadeiro instrumento de preservação do direito à ampla defesa e ao contraditório”, argumentou o ministro do STF.
O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, protocolou o pedido para que Cid fosse dispensado de comparecer aos próximos interrogatórios, que seguem, pelo menos, até esta sexta-feira (13/6). A demanda foi apresentada antes mesmo do encerramento da sessão desta segunda. O defensor argumentou que, como Cid já havia apresentado os esclarecimentos no interrogatório, não era necessário continuar a se fazer presente nas demais sessões.
“Não tendo mais nada a acrescentar ou esclarecer ao Juízo, permanecendo, evidentemente, à disposição para qualquer outro esclarecimento que se fizer necessário”, dizia a solicitação.


Interrogatório da trama golpista
Vinicius Schmidt/ Metrópoles

Bolsonaro durante interrogatório trama golpista
Vinicius Schmidt/ Metrópoles

Bolsonaro no interrogatório da trama golpista
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Bolsonaro em interrogatório trama golpista
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Bolsonaro durante interrogatório da trama golpista
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Jair Bolsonaro
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Mauro Cid durante interrogatório da trama golpista
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Ministro do STF Alexandre de Moraes
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Interrogatório da trama golpista
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Bolsonaro no interrogatório da trama golpista
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Mauro Cid
Reprodução/TV Justiça

Bolsonaro e Mauro Cid se cumprimentam durante interrogatório da trama golpista
Ton Molina/STF
Próximos interrogatórios
Os próximos réus a responderem aos questionamentos sobre a ação penal são: Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil (o general será o único a ser inquirido por videoconferência, pois está preso no Rio de Janeiro).
Veja a agenda dos próximos dias:
10/6 – das 9h às 20h
11/6 – das 8h às 10h;
12/6 – das 9h às 13h; e
13/6 – das 9h às 20h.
Nesta segunda, primeiro dia de interrogatório, falaram Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Cid foi o primeiro a se sentar no banco dos réus e responder aos questionamentos de Moraes, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos advogados de defesa dos demais réus.
O interrogatório de Cid durou cerca de quatro horas. A fala de Ramagem, mais objetiva, foi a última desta segunda.