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Um terço dos municípios brasileiros não tem solução de drenagem urbana

Quase 33% das cidades brasileiras relatam não possuir qualquer tipo de sistema de drenagem urbana, considerada por especialistas como essencial no controle do escoamento das chuvas, para prevenir alagamentos, erosão do solo e deslizamento de encostas. Os dados são do Instituto Trata Brasil, divulgados nesta quarta-feira (23).

A análise tem como base documentos técnicos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministério das Cidades (MCid) feito em 2023 e divulgado em março deste ano, com abrangência de quase 90% das cidades brasileiras. Os números mostram que:

  • 40,44% possuem sistemas exclusivos para drenagem de águas pluviais;
  • 12,59% operam sistemas unitários, que combinam esgoto e drenagem em uma única rede;
  • 14,48% operaram sistemas combinados, com configurações exclusivas e unitárias em diferentes trechos;
  • 3,2% contam com sistemas de tratamento das águas pluviais.

A pesquisa mostrou que 78,2% das vias públicas urbanas no Brasil possuem pavimentação e meio fio, mas apenas 33,5% contam com redes ou canais pluviais subterrâneos.

Apenas 5,3% das cidades possuem Planos Diretores de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais (PDD), ferramenta considerada pelos especialistas como essencial para o planejamento estratégico e a redução de riscos associados a eventos hidrológicos extremos.

De 1991 a 2023, foram registrados 25,94 mil eventos hidrológicos de desastres e 74% desses eventos estiveram relacionados a chuvas intensas. Nesse intervalo, os desastres resultaram em 3.464 mortes e causaram prejuízos superiores a R$ 151 bilhões.

Investimento necessário de R$ 223,3 bilhões

Entre 2017 e 2023, os investimentos em Drenagem e Manejo de Águas Pluviais têm sido, em média, de cerca de R$ 10 bilhões ao ano, de acordo com o estudo. A estimativa é de que seria necessário investir um montante de R$ 223,3 bilhões, ou R$ 22,3 bilhões ao ano — o dobro do atual.

Cidades em risco

Entre os 100 municípios mais populosos do país, 94 estão mapeados com algum tipo de risco, segundo o estudo, o que corresponde a 54% da população nas áreas com riscos mapeados.

Apenas Maringá (PR), Ponta Grossa (PR), Cascavel (PR), Uberaba (MG), Taubaté (SP) e Palmas (TO) não tiveram riscos classificados .

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